Olá! Eu sou Ricardo Cantergi. Psicólogo brasileiro, morando em Berlim desde 2022.
Eu me divido entre um desbravador e um preguiçoso. Sou um apaixonado por novidades, e por tentar algo novo pela primeira vez. Ao mesmo tempo, muitas vezes sou apenas alguém que deseja aproveitar o domingo no sofá sem nem espiar a rua. Talvez você se identifique. E não há problema algum nisso.
Problema é viver com culpa. Com um “peso” de que se precisa aproveitar a vida ao máximo. De que se precisa visitar todos os lugares possíveis durante uma viagem. De que é necessário estar presente em todos os eventos a que você for convidado. Muitas vezes, ficar em casa, relaxando, vai ser a melhor experiência possível para aquele momento. Muitas vezes, a sua própria companhia será a única de que você precisa. E está tudo bem.
Mas também é válido se desafiar. Sair da zona de conforto e se colocar em uma situação que vai exigir uma certa quantidade de energia para superar o desconforto. Como tentar interagir com pessoas desconhecidas em uma festa. Ou, simplesmente, pedir ajuda no supermercado no idioma local, que você recém começou a aprender. Nenhuma dessas ações vai revolucionar a sua vida. Você não vai automaticamente se tornar uma nova pessoa se conseguir, da mesma forma que sua vida não vai acabar se não. Mas a tendência é que esse seja mais um pequeno passo nesse novo percurso que você segue, com destino à criação de raízes, à adaptação.
Adaptação, muito influenciada pela comunicação - que é algo que me fascina. É através dela que nos relacionamos com o mundo. O velho e o novo. O que já conhecemos e o que estamos conhecendo. E, invariavelmente, não nos damos conta disso. Não percebemos que dizemos muito mais do que apenas o que significam os sons que produzimos com as cordas vocais. Esquecemos que uma enorme parcela do que comunicamos não se dá através da nossa voz. E não nos damos conta de que, muitas vezes, pessoas de origem e histórico diferentes, tendem a compreender nossa comunicação de forma diferente do que estamos acostumados a vivenciar. E tudo isso torna a comunicação ainda mais apaixonante.
No fim das contas, eu busco viver uma vida leve. Para que, caso um peso eventualmente acabe surgindo, ele não venha a se tornar pesado demais.
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